O Ministério da Saúde anunciou a confirmação das duas primeiras mortes no mundo por febre oropouche, nesta quinta-feira (25). As vítimas, duas mulheres que viviam no interior da Bahia, tinham menos de 30 anos, não apresentavam comorbidades e manifestaram sintomas semelhantes aos da dengue grave.
Além das mortes confirmadas, há uma investigação em andamento sobre uma morte em Santa Catarina, bem como quatro casos de interrupção de gestação e dois de microcefalia em bebês, para determinar uma possível relação com a doença.
Em 2023, o Brasil registrou 7.236 casos de febre oropouche em 20 estados, com a maior incidência no Amazonas e em Rondônia. Desde o ano passado, o país ampliou a detecção da doença por meio de testes diagnósticos na rede pública em todas as regiões.
A febre oropouche é uma doença viral causada pelo vírus Orov, transmitido principalmente pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis) e, em menor medida, por espécies do mosquito Culex. O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960.
Segundo o Ministério da Saúde, a febre oropouche pode ser confundida com a dengue devido à semelhança dos sintomas, que incluem febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas relatados são: tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Os sintomas duram geralmente de dois a sete dias, mas até 60% dos pacientes podem experimentar recorrência dos sintomas uma a duas semanas após as manifestações iniciais. Apesar de ser uma doença que pode apresentar quadros graves, a maioria dos pacientes tem evolução benigna e sem sequelas.
Atualmente, não há um tratamento específico para a febre oropouche. O tratamento disponível é voltado para o alívio dos sintomas.
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