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Altamira, PA
O aniversário de132 anos do distrito de Outeirofoi marcado por ações decidadania, cuidado e inclusãocom a realização daterceira edição do programa Belém Pra Todos, promovido pela Prefeitura de Belém, nesta segunda-feira, 14. A mega ação ocorreu no Estacionamento Água Boa e contou com a atuação da Secretaria Municipal de Inclusão e Acessibilidade (Semiac), que coordenou uma série de serviços gratuitos voltados para pessoas com deficiência e familiares.
Durante o evento, o prefeito de Belém, Igor Normando, reforçou ocompromisso da gestão com os distritos da cidade: “Eu sei que muitas gestões já passaram e deixaram Outeiro escanteada, parecia que era o quintal de Belém. Mas ao assumir a Prefeitura fizemos questão de tomar posse aqui, para mostrar que iríamos fazer por Outeiro o mesmo que faríamos por qualquer lugar de Belém".
"Temos três meses de gestão, e não é fácil mudar anos de abandono, mas estamos trabalhando incansavelmente. Hoje, comemoramos o aniversário da Ilha e, daqui, jávamos inaugurar 14 ruas pavimentadas e drenadaspela Prefeitura e Governo do Estado”, anunciou o prefeito.
Com apoio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo, que integra a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), a Semiac garantiuatendimentos com equipe multidisciplinarformada por profissionais de Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Fisioterapia e Nutrição. Também foram realizadasrodas de conversa com pais e cuidadorese atendimentos voltados àregularização da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea).
“Para nós é um prazer estar aqui hoje comemorando 132 anos da ilha de Outeiro com serviços, trabalho. Nós estamos mostrando o quanto a Prefeitura de Belém está presente nos distritos. Nós não vamos deixar Outeiro abandonada como esteve nos últimos anos", destacou a titular da Semiac, Nay Barbalho.
"Todas as secretarias foram convocadas e estão aqui entregando trabalho e serviço, fazendo o máximo para que a população de Outeiro não tenha que se deslocar para acessar esses atendimentos. Isso não vai ser só hoje no aniversário, vai ser em toda a gestão do prefeito Igor Normando”, acrescentou a secretária.
A programação da Semiac incluiu aindaorientação jurídica e assistência social, além deatividades culturais e recreativas. Crianças aproveitaram brinquedos infláveis, oficinas e a apresentação artística do DJ Martin Blue, nome artístico de José Andrade Teixeira, de 16 anos, que é autista e animou o evento com seu setlist de música eletrônica.
“Eu acho muito bacana tocar em aniversários, eventos e ver o pessoal e as crianças se divertindo. Essa é a terceira vez que participo desse tipo de evento”, contou Martin Blue, que já participou do Festival Psica e também já conheceu seu ídolo Alok.
A presença dele emocionou os pais, que acompanham de perto a trajetória do filho. “Para nós, que somos pais, é uma evolução grande ver ele fazendo isso, é muito prazeroso. Quando ele disse que queria ser DJ a gente achou que era só um momento de hiperfoco. Mas vimos que era real, que fazia parte dele. Então cada evento como esse é uma felicidade muito grande”, afirmou a mãe, Onilde Azevedo, 52, que estava acompanhada do lado do pai do artista, José Afonso Alves, 44. “A gente sabe que não é fácil essa questão da aceitação, do ser diferente e da inclusão, mas estamos lutando pra isso”, disse Onilde.
As ações também alcançaram famílias como a de Márcia Alencar, 30 anos, mãe de Lucas, de 12 anos, que é autista. Ela aproveitou os serviços de orientação com fonoaudiólogo, além de atendimentos de beleza. “É muito bom ter um espaço como esse porque tem muita mãezinha que não sabe se expressar com uma criança com TEA. Nessas rodas de conversa os psicopedagogos explicam tudo com muito cuidado”, destacou.
A professora Ana Cláudia Nascimento, 35 anos, mãe de Jorge Gabriel, de 8, também saiu satisfeita. “Essa ação veio agregar para a comunidade. A gente sabe que a ilha de Outeiro ficou muitos anos abandonada. E quando vem uma grande ação social em alusão ao aniversário da ilha e ao autismo, porque sou uma mãe neurodivergente, o coração fica quentinho. É um espaço dedicado à acessibilidade”, afirmou.
Outros serviços também estiveram disponíveis à comunidade, como atendimentos jurídicos com defensores públicos, emissão de ofícios para segunda via de documentos, vacinação, cadastro de doadores de medula - com participação do Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) -, distribuição de mudas e oficina de bolhas de sabão.
