O Governo do Pará deu um passo inédito no Brasil ao conceder uma área de 10,2 mil hectares na APA Triunfo do Xingu, em Altamira, para reflorestamento. O projeto busca recuperar áreas degradadas, reduzindo impactos do desmatamento e promovendo a restauração da vegetação nativa na região amazônica.
A iniciativa prevê a participação da iniciativa privada por meio de concessões, permitindo que empresas invistam na recuperação ambiental e sejam remuneradas com a comercialização de ativos ambientais, como créditos de carbono. A empresa vencedora será responsável pelo reflorestamento durante um período de até 40 anos, com um investimento estimado em R$ 258 milhões.
''Nós tivemos a ousadia e a coragem de fazer das metas de restauro do estado do Pará e do Brasil, um modelo que inova com recuperação do ativo florestal'', declara Helder Barbalho, governador do estado.
Espera-se que a recuperação da área contribua para a remoção de 3,7 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O modelo é coordenado pela Semas, em parceria com o Ideflor-Bio e outras instituições, com apoio da The Nature Conservancy Brasil. O governo estadual aposta na concessão como estratégia para atrair investimentos e fomentar a recuperação ecológica da Amazônia.
Com essa iniciativa, o Pará se posiciona na vanguarda da restauração florestal no país, estabelecendo um modelo que pode ser replicado em outras áreas críticas da Amazônia.