A gravação, enviada à nossa equipe de reportagem e compartilhada em uma rede social que seria do fã clube de Joene Coutinho, a influenciadora aponta que a operação Falso Tigre, deflagrada em Uruará, no Pará, teve manipulação e que não há vítima prejudicada.
“E tudo só chegou onde está hoje por manipulação e mentira da parte do delegado Leandro, de Uruará, Pará. E adianto vocês que não tem vítima coisa nenhuma, da operação Falso Tigre, a pessoa que furtou 200 e poucos mil, mandava para o marido 30, 8, 5 mil há meses. Quando tiveram conhecimento a senhora idosa procurou a polícia e quando eles intimaram a suposta vítima, ela já jogou para mim, lembrando que implorei para investigar e afirmei que não tinha nada a ver comigo.”, afirma a influenciadora.
Desde que a operação foi deflagrada em Uruará em outubro de 2024, a Polícia Civil já indiciou 6 pessoas, entre elas, a influenciadora que na época tinha mais de 250 mil seguidores em uma das redes sociais. Era por meio da internet que ela fazia a divulgação do conhecido jogo do tigrinho. Joene também deu mais detalhes de como foi a abordagem dos policiais no dia em que foi presa.
“E ao entrar na minha residência ele exigiu a senha do meu celular e imediatamente já pediu também pra colocar no modo avião. Pediu a senha e ele falou que se eu desse ia agilizar o processo, o que ele não fez, entrou em recesso o fórum, e aqui estou em prisão domiciliar, porque ele usou inverdades também porque ele falou que eu tinha descumprido medidas e eu não descumpri.”, disse.
No dia 31 de dezembro de 2024, outro procedimento foi concluído. Segundo a polícia, após denúncias iniciadas em comentários nas redes sociais, a equipe de investigadores conseguiu identificar mais dois divulgadores do jogo, eles teriam confessado a prática ilícita em depoimento.
Há suspeitas de mais três pessoas que continuam divulgando os jogos, mesmo após a deflagração da operação. Segundo a polícia, os influenciadores ganham porcentagens por cada novo jogador e as investigações apontam que eles têm gerência no pagamento dos prêmios, algumas vezes chegando a travar para que o ganhador não receba e volte a apostar até perder tudo novamente.
“Tô aqui há quase 3 meses esperando uma resposta.”, explicou.
Monitorada por tornozeleira eletrônica, ela informou que seria para evitar uma possível fuga. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com o delegado responsável pelo caso que afirmou que o inquérito já foi concluído e que houve indiciamento.
Apesar da postagem ter sido feita em uma rede social, Joene está proibida de compartilhar qualquer postagem, seja em WhatsApp, Instagram, Facebook ou qualquer rede social, como informa a decisão judicial sobre o caso, assim como também não pode exercer atividade de natureza econômica ou financeira como influencer digital e que chegou a ser advertida mais de uma vez. A denúncia foi entregue ao Ministério Público. Além disso, o delegado informou ainda que tudo ocorreu dentro do prazo legal.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o inquérito sobre o caso foi finalizado e enviado à Justiça. A PC destaca que a denúncia foi integralmente aceita pelo Ministério Público e que a instituição se manifestará somente em audiência, quando for convocada.