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Ex-gestão diz que as contas da Secretaria de Saúde de Altamira foram deixadas sem pendências

Por outro lado, atual governo diz que há dívida de cerca de 14 milhões de reais

Gustavo Freitas
Por: Gustavo Freitas
07/01/2025 às 13h27
Ex-gestão diz que as contas da Secretaria de Saúde de Altamira foram deixadas sem pendências
Foto: Arquivo / TV Vale do Xingu

A saúde pública de Altamira continua a ser um dos principais focos de discussão entre a gestão anterior e a atual. Desde que assumiu a prefeitura, a nova administração enfrenta uma série de desafios, especialmente relacionados ao pagamento de salários dos profissionais de saúde e à dívida acumulada pela Secretaria Municipal de Saúde.

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Em uma nota enviada para a redação de jornalismo da Vale do Xingu, a gestão anterior, "Mais Vida, Mais Futuro", explicou que as contas para pagamento de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde estavam em dia e não representavam ônus para a nova administração. "O pagamento dos médicos é feito por meio de contrato com a empresa contratada, e o que cabia à gestão anterior foi cumprido", afirmou a nota. "As contas foram deixadas sem ônus nenhum para a atual gestão", complementou.

Entretanto, a atual administração aponta que o pagamento dos salários dos profissionais de saúde está em atraso. Essa questão foi o principal ponto abordado durante uma reunião entre os médicos que atuam nas unidades de saúde do município e a nova administração, que assumiu a prefeitura há apenas uma semana.

"A gestão anterior não cumpriu com a obrigação de efetuar o pagamento de dezembro, que deveria ter sido feito até o dia 31", afirmou o prefeito Loredan Mello. "Mas eu tranquilizo os profissionais, pois faremos o pagamento, até porque é justo. Essas pessoas trabalharam, e vamos pedir apoio do governador para regularizar a situação", garantiu.

Além dos atrasos nos salários, a nova gestão também relatou um cenário financeiro difícil. O secretário municipal de Saúde, Mauricio Nascimento, revelou que a Secretaria de Saúde deixou um débito de R$ 14 milhões, com notas empenhadas, mas sem recursos disponíveis para cobrir esses gastos. 

"A parte que falei que a saúde está na UTI é porque nós recebemos a secretaria com esse débito de R$ 14 milhões e sem o dinheiro na conta da secretaria para poder realizar o pagamento", explicou.

Além desses problemas financeiros, a atual gestão destaca outros desafios, como a falta de medicamentos e a demora na liberação de leitos nas unidades de saúde de média e alta complexidade. Esses obstáculos têm afetado diretamente o atendimento à população e gerado preocupações entre os profissionais de saúde.

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