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Familiares de presos denunciam maus-tratos no Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu

Denunciantes fizeram manifestação em frente ao Ministério Público do Estado do Pará

Gustavo Freitas
Por: Gustavo Freitas
07/01/2025 às 12h27 Atualizada em 08/01/2025 às 13h12
Familiares de presos denunciam maus-tratos no Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu
Foto: Glenda Oliveira

Na manhã desta terça-feira (7), familiares de detentos do Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu se reuniram em frente à sede do Ministério Público do Pará em Altamira, Pará, para denunciar supostas condições degradantes enfrentadas pelos presos. Com cartazes e pedindo por justiça, os parentes relataram situações preocupantes, como a falta de higiene, alimentação inadequada e ausência de água para necessidades básicas.

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Entre os manifestantes, uma mãe relatou que os detentos supostamente estão sofrendo maus-tratos. Segundo ela, os presos estariam impossibilitados de tomar banho, a comida oferecida não possui qualidade mínima, e o abastecimento de água seria insuficiente até para o consumo.

"Meu filho mesmo quando eu fui com os filhos dele para visitar disse que estava há 27 dias com a mesma roupa. Até as crianças reclamaram e disseram que ele estava fedendo. Isso é uma vergonha muito grande, eles estão lá presos pagando pelo crime, mas é gente também, então merecem ter um tratamento melhor.", disse Maria Aparecida.

Diante das denúncias, o MPPA enviou um promotor até o complexo penitenciário para apurar as alegações. A visita pretende identificar se as reclamações dos familiares têm fundamento e se há necessidade de providências imediatas para garantir os direitos dos detentos.

O Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu já havia sido alvo de questionamentos anteriormente, com relatos semelhantes sobre as condições precárias. Até o momento, o Ministério Público ainda não divulgou um parecer oficial sobre a inspeção. 

"Pedimos atenção e intervenção do estado ao que está acontecendo dentro daquela casa penal. Direitos estão sendo brutalmente feridos. Quanto a saúde, não tem remédios, a água e comida estão sendo fracionadas e chegando em péssima qualidade, e também estão relatando pra gente que estão passando mais de 15 dias com a mesma roupa sem trocar e lavar.", falou Juliana Oliveira, esposa de um detento.

O Confirma Notícia entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), para posicionamento. A autarquia esclareceu que todas as unidades estaduais respeitam as determinações da Constituição Federal de proteção à dignidade da pessoa presa. A Seap informou ainda que não há problema de abastecimento de água no complexo, e ressaltou ainda que a alimentação é orientada por nutricionistas seguindo o padrão de qualidade.

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