Quem precisou trafegar pela BR-230 no último fim de semana enfrentou condições precárias, como lama, atoleiros e longas filas de veículos. De acordo com relatos, o trajeto entre os municípios de Uruará e Placas, no Pará, começou a ser percorrido às 7h da manhã, mas piorou à noite devido à intensidade das chuvas na região do Xingu.
Carros de passeio, motocicletas, ônibus e micro-ônibus enfrentaram dificuldades para passar pelo trecho sem asfalto. A pavimentação da BR-230 termina entre Medicilândia e Placas, deixando um percurso de aproximadamente 166 km em condições de terra. A viagem, que deveria durar no máximo três horas, chega a levar quase cinco devido ao barro acumulado.
Em um vídeo, o deputado estadual Eraldo Pimenta criticou a ausência de asfalto e reforçou a necessidade de que a Transamazônica seja estadualizada para que melhorias sejam realizadas de forma mais ágil e eficiente.
Em agosto de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê cerca de 2 mil obras em todo o país, incluindo 300 indicadas pelos governadores e 1,7 mil pela União. Para o estado do Pará, os investimentos previstos ultrapassam R$ 75,2 bilhões em obras e serviços destinados a melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida da população.
Entre os projetos contemplados no PAC está o asfaltamento da BR-230 no trecho entre Medicilândia e Rurópolis, uma obra aguardada há anos pelos moradores da região. Enquanto as melhorias não chegam, motoristas continuam enfrentando dificuldades e cobrando soluções efetivas para os problemas da rodovia.
Por meio de nota, o DNIT informou que já solicitou à empresa responsável pela manutenção da rodovia BR-230/PA, para que seja realizada a retirada do material saturado e recomposição do material novo e, assim, voltar a garantir a trafegabilidade dos pontos críticos, especialmente no trecho entre Uruará e Placas.