O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Maranhão, no último domingo (22), resultou em uma tragédia que deixou quatro mortos confirmados e pelo menos 13 desaparecidos. A estrutura, com mais de 60 anos de existência e em condições precárias, ligava os estados do Maranhão e Tocantins, mas já apresentava sinais de desgaste há anos. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o colapso foi causado pelo rompimento do vão central da ponte.
Entre as vítimas confirmadas está Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. A menina estava acompanhada dos familiares, que seguem desaparecidos. O corpo da criança foi reconhecido por um tio, que tem acompanhado as buscas no local. A família havia saído de Dom Eliseu, no Pará, e atravessava a ponte no momento do desabamento.
Outra vítima identificada é o caminhoneiro Kécio Francisco Santos Lopes, que partiu do Piauí com destino a Marabá, também no Pará. Ele teve o corpo resgatado pelas equipes de busca. No momento do desastre, pelo menos oito veículos passavam pela ponte, incluindo dois caminhões que estariam transportando materiais tóxicos, o que complicou as buscas devido à suspeita de contaminação das águas do rio Tocantins.
Equipes do Corpo de Bombeiros seguem trabalhando intensamente na região, utilizando apenas botes devido aos riscos de contaminação. Entre os desaparecidos estão Ailson Gomes Carneiro, vereador de Novo Repartimento, no Pará, e sua esposa, Elisângela Santos Chagas.
Um vídeo gravado por um vereador de Aguiarnópolis, Tocantins, mostrou rachaduras na estrutura momentos antes do desabamento. O registro reforça as denúncias sobre a precariedade da ponte, que já deveria ter sido interditada.
A ponte foi completamente fechada após o colapso, e motoristas estão sendo orientados a buscar rotas alternativas. Enquanto isso, o DNIT informou que as causas do acidente serão investigadas.