A cidade de Altamira, no sudoeste do Pará, amanheceu na última quinta-feira (28), envolta em uma espessa camada de fumaça, resultado das queimadas. O fenômeno, que alterou drasticamente a qualidade do ar, está relacionado ao aumento de focos de incêndio no estado do Pará, que lidera o ranking nacional com 651 focos detectados nos últimos dois dias. Apenas entre 1º e 21 de novembro, foram registrados 5.967 focos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A professora doutora em Geografia, Livânia Norberta, explicou que a fumaça que atingiu Altamira pela manhã é resultado da intensa concentração de queimadas nas regiões do sudoeste do Pará e do Baixo Amazonas.
Dados do painel de monitoramento PurpleAir apontam que a qualidade do ar em Altamira está atualmente classificada como aceitável. No entanto, a exposição prolongada por 24 horas pode representar riscos à saúde, especialmente para pessoas mais sensíveis à poluição atmosférica, como crianças, idosos e gestantes.
A fumaça, invisível a olho nu em suas partículas mais finas, age como um inimigo silencioso, causando problemas respiratórios que podem se agravar em casos de exposição contínua.
Orientações Ministério da Saúde:
Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde mostram que em Altamira, em setembro, 222 pessoas procuraram atendimento médico por casos de síndrome gripal, já outubro foram 68, enquanto em novembro, 8. A procura também está relacionada a fumaça intensa na cidade.