Após a repercussão da matéria que mostrou a luta de Lucilene, de 51 anos, para conseguir bolsas de colostomia, em Altamira, sudoeste do Pará, o advogado Hiago Willyanson se voluntariou para acompanhar juridicamente o caso.
Ele viu através das redes sociais a matéria da dona de casa denunciando a situação. Lucilene, que enfrenta dificuldades para acessar o item essencial para a saúde há cerca de um ano, recebeu a notícia como um alívio em meio ao cenário de incertezas.
O advogado ofereceu os serviços de forma gratuita. Ele já protocolou uma ação judicial para garantir que ela tenha acesso regular e gratuito às bolsas de colostomia, que precisam ser trocadas, em média, a cada três dias. Os custos mensais com as bolsas ultrapassam o orçamento da moradora, que não possui condições financeiras para arcar com o insumo por conta própria.
"A paciente está sendo negligenciada pela secretaria de saúde que não oferece os insumos adequadamente há mais de 1 ano. Nosso escritório está atuando para garantir que o município cumpra o direito que é constitucional", diz o Advogado Hiago Willyanson.
“Eu queria receber as minhas bolsas, e eu quero falar em meu nome e de todas as pessoas que usam, porque enfrentam o mesmo problema. Eu não tenho condições de comprar porque recebo apenas um salário mínimo”, afirma Lucilene.
Ela está cadastrada no sistema estadual para o recebimento das bolsas, mas afirma que, ao comparecer às unidades de saúde para buscar o material, é frequentemente informada da falta do produto.
A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) para obter um posicionamento sobre o caso. Até o momento, não houve resposta ao pedido de nota enviado no dia 11 de novembro.