A Polícia Federal incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro no relatório final da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele será indiciado junto com ex-ministros e outros membros de seu governo, como o general Augusto Heleno. A investigação aponta elementos que ligam Bolsonaro à minuta de um decreto para justificar ações golpistas, como a decretação de Estado de Defesa, e reuniões com comandantes militares foram essenciais para apurar o plano. Algumas lideranças das Forças Armadas rejeitaram essas propostas, com relatos de ameaças de prisão caso o golpe fosse executado
O relatório também indica a possibilidade de medidas legais contra outras figuras-chave. Este é um desdobramento significativo em um dos principais casos investigativos relacionados à democracia no Brasil.
Com o indiciamento de Jair Bolsonaro e outros envolvidos, o caso seguirá para o Ministério Público Federal (MPF), que avaliará o relatório da Polícia Federal e decidirá se apresentará uma denúncia à Justiça. Se o MPF apresentar a denúncia e ela for aceita por um juiz, os indiciados passarão a ser réus e responderão judicialmente pelas acusações.