Denominada "Rubrum Imperium", a operação deflagrada pela Polícia Civil, em Altamira e Medicilândia, no sudoeste do Pará, revelou como membros de um grupo criminoso com atuação na região, estava convocando criminosos de outros estados para reforçar as ações da organização.
"Esse trabalho que as organizações criminosas fazem é com esse sentido de procurar expandir o território, quanto mais pessoas recrutarem, mais espaço ocupam e poder financeiro" afirma o Comandante da Polícia Militar.
"Estamos sempre fazendo o trabalho de inteligência com o intuito de evitar a atuação de facções criminosas aqui em Altamira e muitos desses homicídios são relacionados a disputa por territórios, e esse trabalho é importantíssimo"
Com informações sobre o esquema, a polícia passou a monitorar os passos de Flávio Henrique, que havia chegado recentemente em Altamira, e na companhia da esposa, tinha a missão de comandar o comércio de entorpecentes para o grupo.
"Essa atuação conjunta, tem se mostrado bastante eficiente no crime organizado, isso reflete a uma redução de praticamente 80% dos homicídios no ano passado. Essa operação está se expandindo por toda a região, em Medicilândia, por exemplo, onde teve uma prisão significativa", diz o Delegado Polícia Civil Vitor Vargas.
Conforme a polícia, o local escolhido pelo grupo para iniciar a expansão do comércio ilegal, era o bairro São Joaquim, populoso, com rápido acesso a cinco bairros, além da rodovia Transamazônica. A partir das estruturas que já existiam na localidade, o grupo planejava iniciar uma ofensiva a uma organização rival, e assim, dominar o tráfico de drogas em Altamira.
Durante a ação deflagrada, a polícia prendeu sete pessoas envolvidas no esquema, entre elas, Flávio Henrique Oliveira dos Santos e sua companheira, Clara Luisa de Oliveira Moura. A polícia já sabe que os presos fazem parte de uma ala do grupo que é comandada diretamente do Amazonas. Entre as marcas registradas do grupo, está a violência.
"Há um tempo estávamos com a nossa inteligência das duas instituições para identificar algumas ameaças e através disso tivemos informações que levou ao início da operação, que culminou na prisão dessas pessoas relacionadas a organizações criminosas que estavam aqui em Altamira", relata o Comandante Polícia Militar
Com a prisão do bando as investigações seguem. O grupo já está no Complexo penitenciário em Vitória do Xingu, onde aguarda uma decisão da justiça. Nesta segunda, a Polícia Militar confirmou a prisão de outras quatro pessoas, 3 homens e uma mulher, em Medicilândia, entre os presos estão Gustavo Babão e Leandro Branquinho, os dois teriam ligação com crimes registrados em Altamira.
"Estamos sempre fazendo o trabalho de inteligência com o intuito de evitar a atuação de facções criminosas aqui em Altamira e muitos desses homicídios são relacionados a disputa por territórios, e esse trabalho é importantíssimo", finaliza o Comandante.