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Lancha de professores que naufragou é retirada do Xingu em Altamira

Dono da lacha conta que precisou da ajuda de mais 6 homens para retirar embarcação

Gustavo Freitas
Por: Gustavo Freitas
28/10/2024 às 12h04 Atualizada em 29/10/2024 às 10h13
Lancha de professores que naufragou é retirada do Xingu em Altamira
Foto: Reprodução

No último domingo (27), um vídeo registrado mostra homens usando outra lancha para conseguir trazer a embarcação que afundou no Xingu, na região de Altamira, sudoeste do Pará, para a superfície. Por conta da correnteza extrema, o trabalho foi difícil. Após algumas tentativas, primeiro as cadeiras foram retiradas da água.

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Depois, com muita dificuldade, a embarcação é puxada do fundo do rio. Em outra imagem mostra os homens tirando o excesso de água de dentro da lancha. O dono acompanhou todo o processo. João Vicente contou com exclusividade que precisou da ajuda de mais seis homens para retirar a embarcação que estava a 300 metros de onde naufragou. 

“A gente foi no outro dia ao naufrágio com uma equipe grande, mas não conseguimos, aí ontem chamei um amigo meu que é mergulhador, após amarrar e puxar, conseguimos retirar. Demorou umas seis horas”, diz João Vicente.

Tudo aconteceu no dia 19 deste mês, quando a lancha que levava professores até as aldeias Parakanã, Apyterewa e Raio de Sol naufragou. Ao chegar em um trecho do rio Xingu com correnteza e pedras, os educadores precisaram sair da embarcação a pedido do piloto. Apesar do susto, ninguém se feriu e tanto o piloto quanto o ajudante conseguiram sair a tempo da lancha, pois usavam colete salva-vidas.

“Antes de nós chegarmos na cachoeira, nós paramos no pedral, onde o piloto pediu para que nós descêssemos da embarcação e tirássemos os nossos pertences, como notebook e as malas com as nossas roupas. E não foi sobrecarga, pois nós estávamos subindo o pedral para que ele pudesse subir a cachoeira e nós seguimos andando.”, afirma o professor Denilson Oliveira.

O período de estiagem que afeta os rios da Amazônia tem dificultado o transporte fluvial. Segundo os pilotos, em diversos trechos do Xingu o acesso fica mais difícil e até sem opções de rota alternativas. Essa foi a segunda vez que uma das embarcações do seu João naufragou e o prejuízo está estimado em cerca de vinte mil reais, mas ele contou que até o momento neste ano, outras cinco voadeiras naufragaram no trecho da Cachoeira do Porcão.

“Essa seca eu nunca tinha visto na minha vida, nosso rio está muito seco, e não é só lá no porcão, outros trechos também estão assim”, diz o dono da embarcação.

Por meio de nota a Secretaria Municipal de Educação informa que, sobre a lancha que naufragou na Cachoeira do Porcão, os contratos firmados entre município e empresa garantem que a contratada tem a expressa obrigatoriedade do seguro, sendo a responsável por reposição e manutenções em caso de incidentes, como o do dia 19 deste mês.

Na ocasião, a lancha que transportava servidores da Semed para regiões ribeirinhas, foi a pique devido às fortes correntezas e ao cenário climático que dificulta a navegação nesta época do ano. Mesmo com o susto e as perdas materiais, ninguém ficou ferido. Após o incidente, a Semed presta todo o apoio aos servidores responsáveis pela formação educacional de milhares de crianças e adolescentes que estudam em áreas distantes do grande centro urbano.

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