A Prefeitura de Altamira, no sudoeste do Pará, decretou emergência no município pela consequência da prolongada estiagem que afeta o território. A seca tem gerado impactos severos, incluindo a redução significativa dos níveis de água em rios e reservatórios, comprometendo atividades essenciais, como a agricultura, pecuária e o abastecimento de água potável, além de afetar as comunidades tradicionais e ribeirinhas.
A estiagem também tem causado prejuízos ambientais, com aumento do risco de incêndios florestais, morte de espécies da fauna e destruição da vegetação. A situação é agravada pelo fenômeno El Niño, que contribuiu para os baixos índices de chuva na região.
O decreto menciona que a seca tem prejudicado a navegação dos rios, principal meio de transporte para diversas comunidades, dificultando o acesso a serviços básicos, como saúde e educação, além de agravar a situação econômica, especialmente para agricultores e pescadores, que enfrentam dificuldades no escoamento de seus produtos. Entre os locais decretados estão: regiões do alto, baixo e médio Xingu e nos Distritos de Cachoeira da Serra, Castelo de Sonhos, Vila Canopus, Vila Cabocla e os bairros na sede do município de Altamira.
A prefeitura convocou as secretarias municipais para coordenar as ações emergenciais, e autorizou a mobilização de voluntários para ajudar na resposta ao desastre. A medida busca garantir a segurança da população e mitigar os efeitos da estiagem, que já afeta diretamente cerca de 18.575 pessoas, incluindo pescadores e extrativistas. O decreto estará em vigor por 180 dias, e dispensa licitações para a aquisição de bens necessários ao atendimento emergencial.