O funcionário, que pediu para não ser identificado, é Eletricista e conta que está afastado de suas funções após apresentar crises de ansiedade e estresse. Sem conseguir dormir, ele pediu afastamento e está com atestado.
Antes de pedir o afastamento por motivos de saúde, o funcionário contou à equipe de jornalismo da Vale do Xingu que presenciou duas situações que considerou humilhantes. A primeira, em uma conversa de trabalho com a equipe antes do expediente, já na rua, e outra no escritório da empresa, quando segundo ele, um encarregado chegou a lhe agredir.
Em um vídeo, liberado pelo funcionário, é possível ver a cena. O funcionário entra no local com um documento nas mãos, e é pressionado pelo encarregado a entregar o documento, que comprovaria uma situação de assédio dentro da empresa.
Na imagem é possível ver que uma funcionária empurra o encarregado para que ele se afaste. Em outra situação registrada pelo funcionário, ele mostra uma denúncia feita por um prestador que recebeu advertência por atender um chamado do encarregado que acabou se configurando hora extra.
Com denúncias no portal da empresa terceirizada, no Ministério público, e até na polícia, o funcionário cobra explicações sobre os direitos desrespeitados para que as metas exigidas pela empresa sejam cumpridas. Prestador de serviços de uma empresa que atua no setor elétrico, o eletricista mostra como os funcionários ficam nos intervalos de atividades. Sem ventilação na sala de descanso, eles ficam embaixo de árvores, no chão.
Por meio de nota, a Equatorial Energia afirmou que sobre a informação de um colaborador parceiro ocorrida em Altamira, envolvendo uma prestadora de serviço da Equatorial, a Distribuidora informa que não recebeu formalmente a denúncia, mas que vai apurar e acompanhar o caso junto à empresa parceira e seus colaboradores.
A Equatorial Pará reitera que não compactua e combate qualquer ação que desrespeite às normas trabalhistas vigentes. Orienta ainda que todas as empresas parceiras sigam os princípios estabelecidos no Código de Ética e Conduta Profissional, não sendo tolerados qualquer tipo de assédio ou outros desvios em relação às diretrizes estabelecidas.
A Manserv também informou por meio de nota que, até o momento, não recebeu nenhuma denúncia por meio de seu Canal de Conduta Ética, nem foi oficialmente notificada pelas autoridades competentes. Caso receba alguma denúncia, a empresa irá apurar os fatos com rigor e adotar as medidas cabíveis, sempre em conformidade com seus procedimentos internos e a legislação vigente. A Manserv reforça seu compromisso com os direitos humanos, o respeito aos colaboradores e a manutenção de um ambiente de trabalho seguro, saudável e justo, seguindo rigorosamente as normas da legislação brasileira.