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'Água só no nome': moradores dos bairros Água Azul e Jatobá em Altamira fazem manifestação por falta de água

Sem água há 3 meses, moradores bloqueiam entrada dos bairros Água Azul e Jatobá

Gustavo Freitas
Por: Gustavo Freitas
18/09/2024 às 13h31 Atualizada em 19/09/2024 às 17h58
'Água só no nome': moradores dos bairros Água Azul e Jatobá em Altamira fazem manifestação por falta de água
Foto: Carlos Souza/TV Vale do Xingu

Na manhã desta quarta-feira (18), moradores dos bairros Água Azul e Jatobá, em Altamira, sudoeste do Pará, realizaram uma manifestação para protestar contra a falta de água. Com cartazes que diziam frases como “Água? Só no nome?” e “Sem água, sem vida”, a comunidade demonstrou sua indignação em plena rua.

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Robson Farly, morador do bairro Água Azul, descreveu a situação caótica, revelando que precisou improvisar um banho no meio da rua e até escovou os dentes sem água corrente. “Nós tentamos contato com a Cosalt pedindo respostas, mas não obtivemos retorno. Também tentamos contato com o prefeito nas redes sociais, mas sem sucesso. Estamos com os dois bairros bloqueados,” relatou Robson.

Durante o protesto, os moradores expuseram uma máquina de lavar cheia de roupas acumuladas e louças sujas, além de bloquear as vias com pneus, pedaços de madeira e veículos. Para impedir a passagem dos carros, os manifestantes atearam fogo nos obstáculos. Um motorista que tentou furar o bloqueio gerou confusão, conforme registrado em vídeo, onde é possível ver um homem correndo em direção ao veículo com uma pedra, seguido por uma briga que resultou em agressões.

A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação e apaziguar os ânimos. Em resposta aos protestos, a Cosalt emitiu uma nota afirmando que o fornecimento de água por meio da rede de abastecimento e caminhões-pipa está regular, apesar da redução na vazão devido à estiagem. A nota também esclareceu que uma falha na bomba do poço que atende o bairro Paixão de Cristo foi corrigida rapidamente, mas a interrupção no abastecimento afetou algumas ruas.

Os moradores, no entanto, alegam estar sem abastecimento regular há três meses. A manifestação contou com a participação de adultos, adolescentes e crianças, e a pista foi liberada algumas horas depois, após a confirmação de uma reunião entre representantes da prefeitura, moradores e o Ministério Público.

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