Ex-moradores do entorno da Balsa de Belo Monte, entre os municípios de Vitória do Xingu e Anapu, no sudoeste paraense, ocuparam as instalações onde está sendo construída a ponte sobre o rio Xingu. Os manifestantes dizem que eles foram retirados da localidade e foi dado um prazo de no máximo 60 dias para que todas as famílias que moravam no entorno fossem indenizadas, mas finalizou o prazo e até o momento, muitos moradores não foram indenizados.
Nenhum trabalhador entra ou sai da obra enquanto essa questão não for resolvida. Em vídeos enviados a equipe de reportagem da Vale do Xingu, mostram alguns moradores conversando com os funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informando que ninguém passa no local. Alguns mantimentos como carne e carvão foram fornecidos aos manifestantes para que continuassem a manifestação que iniciou por volta das 5h da manhã.
Por meio de nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes informou que todos os cadastros relacionados às desapropriações de Belo Monte já foram devidamente pagos. Este processo está sob a responsabilidade do Banco da Caixa Econômica Federal e da Justiça Federal. A remessa financeira é realizada por essas instituições. Como as contas em questão são judiciais, recomendamos que entrem em contato diretamente com a Justiça Federal para entender os motivos de eventuais pendências no recebimento dos valores. O DNIT, por sua vez, já cumpriu sua parte em julho deste ano, realizando todos os pagamentos dentro desse mês.
A obra pretende facilitar a mobilidade e o transporte de cargas e pessoas na região. A autarquia executa a fundação da Obra de Arte Especial (OAE), realizando a concretagem estrutural da ponte. O trajeto, atualmente, é feito por meio de balsas. Quando concluídos, os mais de 700 metros de extensão do empreendimento serão um importante segmento para a melhoria logística da BR-230/PA, a Transamazônica. O investimento no empreendimento, no km 571 da BR-230/PA, passa dos R$ 350 milhões. O projeto prevê a construção de uma ponte estaiada, com 424 metros de vão central, que permitirá a manutenção da navegabilidade do rio.
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