Na região do Xingu, na cidade Altamira, sudoeste do Pará, tem pecuarista adotando a prática para economizar e garantir eficiência no ciclo reprodutivo, colocando só fêmeas no rebanho. O Momento Agro é um oferecimento de Amigos do Campo, - Produzindo novas histórias. Sicredi - Não é só dinheiro. É ter com quem contar, e Intergrãos - Insumos e produtos agropecuários.
No Rancho São Bento não tem touro. O pecuarista Italo Ferrari, escolheu a inseminação artificial para realizar a reprodução das vacas. A médica veterinária Alinie Borges realiza os trabalhos, atende pequenos e médios produtores rurais na região sudoeste do estado. O custo da mão de obra varia de R$ 80 até R$ 160 reais por aplicação. E ela pode ser feita tanto para o gado de corte como para o gado leiteiro.
"Aqui tenho gado de leite e tenho animais para abate. Hoje a gente precisa muito usar essas tecnologias porque quanto mais o tempo passa, mais a gente tem a necessidade de alimentar as pessoas", diz o pecuarista.
Após serem inseminadas, as fêmeas recebem acompanhamento e são monitoradas com a ajuda de brincos. A especialista destaca que o planejamento é apenas um dos benefícios. Como é possível escolher o melhor momento para inseminar as vacas, essa organização garante a sincronia de ciclos.
"A gente trabalha para conseguirmos por ano um bezerro ou uma vaca que é o sonho de todo o produtor para que ele consiga ter lucro", afirma Alinie Borges.
Com esse processo, é possível utilizar sêmen de diferentes touros de elite para o melhoramento genético. A cartela dos animais inclui informações importantes, como a identificação da matriz do touro e quanto ela produz de leite. "Nós temos um botijão onde ficam armazenados os semens. Os touros são de centrais com rigoroso processo de seleção", diz a médica.
Na propriedade de 30 hectares são 80 animais. Para ter o resultado esperado, além de investir na melhoria genética, é necessário garantir nutrição adequada e ficar de olho na pastagem. O criador precisa ficar atento à quantidade de alimentação disponível para o rebanho. Por exemplo, animal deve consumir 10% do peso vivo dele. Uma vaca de aproximadamente 450 kg deve comer por dia 45 quilos de capim.
"Alguns pontos que a gente precisa observar: fator, nutricional, manejo sanitário e genética. Não adianta falar em genética se não tenho comida. Eu consigo trazer uma genética que não tenho aqui, imagina eu ter um touro aqui na fazenda de R$ 20 mil sendo que posso comprar um sêmen de um touro avaliado em R$ 300 mil. Muito mais avaliado. Ele vai me dar um bezerro bom que vai virar um tourinho e a fêmea também vai me dar depois muito leite", afirma o pecuarista. Ele diz que através da pecuária moderna conseguiu reduzir os custos.
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