Em uma iniciativa contra o crime organizado, a Polícia Civil do Pará lançou a nova Política de Enfrentamento a Grupos Criminosos. Este programa será a base das ações de repressão e prevenção no estado pelos próximos dois anos.
O evento contou com a presença de autoridades como o secretário adjunto de Gestão Operacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e gestores da Polícia Civil tanto da Região Metropolitana quanto do interior do estado. O objetivo é que essa política oriente todas as iniciativas da Polícia Judiciária no enfrentamento às organizações criminosas.
"Estamos apresentando nossa política de enfrentamento às facções criminosas, que, a partir de hoje, será implementada em nossa instituição. Com essas ações, estamos fortalecendo nosso núcleo de inteligência e nossa diretoria de crimes cibernéticos, para que possamos enfrentar de forma mais eficaz os delitos, extorsões e ameaças que têm ocorrido em nosso estado", explica Walter Resende, delegado Geral da Polícia Civil.
A nova política será discutida e disseminada entre os diretores da Polícia Civil do Pará durante a 2ª Reunião de Análise de Estratégia. Este encontro pretende monitorar o cumprimento das metas estabelecidas no Planejamento Estratégico da instituição, garantindo que todos os esforços estejam alinhados para repressão e controle das atividades ilícitas desses grupos.
Também foi criado o Programa de Enfrentamento a esses grupos, que detalha a execução de 12 ações táticas ao longo de dois anos, organizadas em quatro eixos principais: Inteligência, Capacitação, Operacional e Informação. Cada eixo será supervisionado por uma diretoria específica, com indicadores e metas para avaliar o progresso.
Outro pilar do plano é o Comitê de Gerenciamento Tático do programa, que terá a responsabilidade de supervisionar e assegurar a implementação das diretrizes estabelecidas. Este comitê atuará em todo o estado, coordenando e monitorando as ações nas unidades policiais, além de manter um canal constante de comunicação com o Poder Judiciário, Ministério Público e a Força Integrada de Combate aos grupos criminosos. O objetivo é melhorar as investigações e fortalecer a repressão ao crime organizado.
Na região do Xingu, líderes de grupos criminosos já foram presos em operações da Polícia Civil. A mais recente foi durante a Operação "Arce Purgatio", o suspeito, natural de Peixoto de Azevedo, Mato Grosso, estaria envolvido no assassinato de um dos principais líderes de um grupo criminoso rival ao qual ele pertencia.
Esse ato teria garantido a ele uma posição de destaque na organização, que o enviou para Castelo de Sonhos, distrito de Altamira, no sudoeste do Pará, com a missão de impedir a atuação do grupo criminoso rival na região. O homem foi conduzido até a delegacia de Castelo de Sonhos e permanece à disposição da Justiça.
Em Altamira, Gabriel Wilkerson Santos da Silva, vulgo "Gordo", que segundo a polícia é apontado como líder de um grupo criminoso que atua no município, foi preso na Operação "Fatboy Slim". Segundo o que apontaram as investigações da polícia, Gabriel comandava o esquema do tráfico no bairro Bela Vista.
Também no distrito de Castelo de Sonhos, Eli Alexandre, conhecido pelo apelido de "Piolho", foi preso em cumprimento de mandado de prisão durante a Operação "Recipiendi", pela Polícia Civil. Ele um dos responsáveis pelo tráfico na localidade.
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