Apesar da vigência do decreto estadual que proíbe queimadas no Pará desde o dia 27 de agosto, motoristas flagraram queimadas na BR-163. O trecho fica no distrito de Moraes Almeida, em Itaituba, no sudoeste paraense.
O Pará decretou estado de emergência em função dos focos de queimadas no estado. Com a medida, fica proibido o uso de fogo para limpeza e manejo de áreas em todo o território por 180 dias.
A proibição não se aplica a práticas específicas, como o combate a queimadas realizado por instituições públicas, agricultura de subsistência de populações tradicionais e indígenas, controle fitossanitário autorizado e pesquisas científicas com aval dos órgãos ambientais competentes.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostram que nas últimas 48h o Brasil registrou 7.375 focos de incêndios, liderando o ranking de países com os maiores índices que queimadas nesse período. Ainda segundo os registros do instituto, o Pará segue em primeiro, com 1.641 focos identificados nas últimas 48h, seguido do Mato Grosso com 1.600 e Amazonas com 1.013.
Durante o final de semana Altamira deixou a liderança no ranking dos municípios com maior incidência de queimadas, São Félix do Xingu aparece em 1º, com 386 focos; Altamira, em 2º, com 300; e em 3º, Novo Progresso, na BR-163, com 246.
A Amazônia segue como líder entre os biomas com maior incidência de queimadas, com 63,1% dos focos. O número excessivo de queimadas preocupa as autoridades, que têm se mobilizado para combater as ações criminosas.
O monitoramento dos focos é feito com imagens via satélite, além do Inpe, várias instituições acompanham o avanço das chamas em todo o território nacional, e disponibilizam dados utilizados pelas equipes em solo para combater os incêndios. Um trabalho demorado, perigoso, e que tem levado risco para quem atua no combate, assim como para a sociedade.
Imagens do Painel do Fogo, disponibilizadas pelo Governo Federal, permitem uma visão mais ampla do problema, as manchas em vermelho são os pontos onde há registros de queimadas, quanto mais vermelho no mapa, maior a quantidade e intensidade dos focos.
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