De cabeça erguida e observando a plateia, Jair José Almeida enfrentou o julgamento, em Pacajá, no sudoeste do Pará, nesta quarta-feira (28), e após quase 10 horas, ouviu dos jurados que está absolvido, enquanto familiares e amigos observavam tudo. O júri popular parou a cidade de Pacajá, que aguardava desde o ano passado, uma conclusão sobre o assassinato do fazendeiro Kleiton Moreira Leite.
A vítima foi morta em sua propriedade, em agosto de 2023. No dia do crime, uma caminhonete chegou no imóvel rural, que fica na Vicinal Tozetti, a 30 quilômetros da sede do município. Um dos ocupantes do carro desceu e atirou contra a vítima, que morreu no local, A cena aconteceu na frente da esposa de Kleiton, que chegou a desmaiar.
As investigações mostraram que Jair estava no carro, e que a motivação do crime seria uma disputa por uma área de pasto. Kleiton havia comprado a propriedade em que Jair e o filho, alugaram o pasto. Mensagens de texto apresentadas pela família mostraram que a vítima pediu para que o rebanho fosse retirado, mas os pedidos não foram aceitos, e dias depois, o crime aconteceu.
Mobilizados, familiares e amigos acompanharam todo o julgamento. Faixas e até um banner com a foto de Kleiton foi afixado na frente do fórum, pedindo por justiça. A equipe de jornalismo da Vale do Xingu, conseguiu apurar que os advogados de defesa de Jair apresentaram um vídeo que comprovaria que ele não poderia estar na propriedade de Kleiton no dia do crime.
Diante dos fatos apresentados, o júri popular optou pela absolvição dos réus, Jair José Almeida, e seu filho, Jailson Almeida, que era considerado foragido, mas esteve na audiência. Após o resultado do julgamento, a família se diz abalada, e sem condições de falar sobre o caso.
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