A Cida Lima produz pães e bolos sem glúten e lactose e compra cacau em pó, a farinha de babaçu e castanha-do-Pará de cidades da região sudoeste paraense. O Momento Agro é um oferecimento de Sicredi - Não é só dinheiro. É ter com quem contar, e Intergrãos - Insumos e produtos agropecuários.
"É uma alimentação mais saudável e mais difícil de encontrar, quem vem de fora vai se sentir acolhida por meio desse tipo de produção. (...) E, além disso, a gente trabalha e compra cacau e chocolate da região que são orgânicos.", afirma a empresária.
A autônoma comercializa produtos que vêm da agricultura familiar. Ela e quem vende se preparam para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. A COP 30 vai acontecer no ano que vem em Belém, capital do Pará. A cidade recebe obras para receber entre 50 e 80 mil visitantes.
E quem mora no interior do estado também está atento. Aqui no eixo Transamazônica e Xingu, quem produz a matéria-prima para fabricação de chocolate e outros produtos busca capacitação. A ideia é ter conhecimento para recepcionar gente de várias partes do mundo que vem conhecer a Amazônia e os sistemas usados para manter a floresta em pé.
Dona Verônica, da cidade de Brasil Novo, sudoeste do Pará, usa o sistema agroflorestal. O cacau é cultivado com a ajuda do sombreamento de árvores como o cumaru. Dela nasce uma semente com aroma inconfundível que vai parar nas barras de chocolate produzidas pela família. A agricultora está recebendo capacitação através do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro-Pequenas Empresas (SEBRAE).
"Organizando as nossas empresas para uma internacionalização, fazendo com os nossos produtos, nossas embalagens estejam preparadas tanto para o comércio local e também comércio externo.", afirma a produtora de cacau Verônica Preuss.
Com rios, cachoeiras, trilhas convidativas para o ecoturismo e com cultivo de cacau sustentável, a expectativa para a COP 30 aumenta. As cidades ficam a mais de 800 km da capital Belém e sozinhas correspondem a 40% da produção nacional de amêndoas. Os produtos conquistam o selo verde pelo cuidado com o meio ambiente e são exemplos de boas práticas para o mundo inteiro.
"Estamos fazendo uma série de oficinas no estado e começamos pelo Xingu que já têm empresas consolidadas. A intenção é trazer conhecimento para as empresas que querem exportar. (...) Os produtos são muito bons, a intenção é fortalecer a marca Amazônia.", afirma Roberto Bellucci, analista do Sebrae.
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