A queda de um avião monomotor na área rural de Pacajá, sudoeste do Pará, segue sendo investigada. O monomotor transportava mais de 300 quilos de entorpecentes. Após o incidente registrado na noite da última segunda-feira (22), o piloto não foi encontrado.
A primeira apuração feita pelo jornalismo da Vale do Xingu mostrou que no registro da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave aparece no nome de Jair da Silva Neves. O monomotor fabricado em 1970 foi comprado por ele em 2022. E tem operação negada para táxi-aéreo, além de autorização para viajar somente durante o dia. A situação de aeronavegabilidade está regular.
Após repercussão, o suposto ex-proprietário se manifestou informando que a venda e entrega do avião foram feitas em 8 de julho de 2024 para Victor Rodrigo Teixeira e que o processo de transferência com os documentos está em tramitação legal.
Em nota assinada pela assessoria do médico, que também é político no município de Capanema, nordeste do estado, há um comunicado informando que medidas seriam tomadas sobre usar o fato para prejudicar a imagem do candidato ao cargo de vice-prefeito. Nós não conseguimos contato com o suposto novo dono.
O acidente aéreo deve ser investigado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa). Um dia após a queda do avião, a polícia incinerou a grande quantidade de entorpecentes do tipo cocaína e OXI. Amostras foram encaminhadas ao CPC Renato Chaves (Núcleo de Tucuruí) para exame de constatação e toxicológico definitivo.
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