Eliana Correa Ramos, de 35 anos, foi morta com um tiro de espingarda pelo marido na cidade de Uruará, no sudoeste do Pará, por volta de 00h30 madrugada desta terça-feira (2). A Polícia Militar notificou a Delegacia de Polícia Civil sobre o feminicídio que ocorreu no travessão do km 180 sul, no bairro Pimentolândia, em frente a uma cerâmica.
Ao chegar, os policiais, na sala da residência, encontraram o corpo de Eliana caído ao chão deitada de costas. Testemunhas relataram que, durante uma discussão, o companheiro dela, Francisco dos Santos Silva, disparou contra Eliane utilizando uma espingarda.
Após o crime, Francisco fugiu do local na motocicleta dele, levando a arma do crime e deixando para trás os seis filhos do casal: quatro crianças e dois adolescentes. A equipe da funerária foi acionada para a remoção do corpo da vítima. O Conselho Tutelar também foi chamado para providenciar o acolhimento das crianças e adolescentes que estavam na residência.
Paralelamente, a Polícia Científica foi solicitada para realizar a remoção e necropsia do corpo de Eliana. A Polícia Civil está em diligências contínuas para localizar e prender Francisco dos Santos Silva, suspeito de cometer o feminicídio. O caso segue sob investigação para apurar todos os detalhes do crime.
Em 2023, o Brasil teve o maior número de feminicídios desde que o crime foi tipificado, há nove anos. Com 1.463 vítimas, país registrou uma morte a cada seis horas no ano passado, segundo estudo divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
No estado do Pará, dados do portal da transparência para a Segurança Pública mostram que em 2023, foram registrados pela polícia 58 casos de feminicídio. Até o momento, em 2024, foram notificados 21 casos. Os números mostram ainda que a maioria dos casos fora companheiros e ex-companheiros das vítimas. Na região do Xingu, o órgão contou 5 casos de feminicídio, já na cidade de Uruará, em 2023, houve um registro.