Uma liderança indígena está sendo investigada pela Polícia Federal, por suspeita de participação ativa em um esquema de grilagem, extração e venda de madeira ilegal, no município de São Félix do Xingu, no sudoeste do Pará. A operação denominada "Sonho Distante 3", teve como alvo a Terra Indígena Kayapó, por crimes ambientais praticados na reserva.
Na operação dentro da TI, os agentes encontraram um garimpo desocupado que estava em funcionamento há poucos dias, e uma serraria clandestina. Os agentes encontraram diversos materiais e equipamentos utilizados na prática criminosa, uma caminhonete, motosserras e um trator de esteira, que foram incinerados.
Ninguém foi preso durante a ação, mas duas pessoas identificadas como responsáveis pelos crimes, poderão responder a inquérito policial. Caso os crimes se confirmem e houver a denúncia, além dos acusados, a liderança indígena e fazendeiros que fomentavam o crime na região, poderão ser indiciados por crimes ambientais.
A ação faz parte de uma decisão do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que busca realizar a retirada de invasores e criminosos de dentro da terra indígena. Segundo dados levantados pelo sistema Planet, cerca de 68 hectares de floresta foram derrubados pelos grileiros ao redor da Terra Indígena Kayapó, 13 hectares da área foram completamente desmatados, e 55 hectares de áreas em processo de desmatamento.