Segundo testemunhas, o motoboy que estava usando uma farda de identificação de um aplicativo de mobilidade urbana recém instalado na cidade, teria sido parado por um grupo de mototaxistas na rua Marechal Hermes, no bairro Esplanada do Xingu, em Altamira, no sudoeste paraense, após supostamente notarem que ele estava com a farda do aplicativo. O motociclista é Alexson Dantas que trabalha na área há mais de 10 anos no transporte de passageiros e há uma semana começou na plataforma.
“Eu estava deixando uma passageira quando de repente no momento em que a passageira estava descendo da moto, já fazendo o pix, o mototax chegou do meu lado, desligou a moto e tirou a chave. Depois ele tentou tirar o meu celular da minha mão, foi quando eu não deixei. Eles acionaram o Demutran e pela atitude dele eu acionei a Polícia Militar. Quando eles chegaram lá, os dois órgãos falaram que estávamos certo e que não podiam fazer nada.”, disse o motouber Alexson Dantas.
Um boletim de ocorrências foi registrado na delegacia de Polícia Civil em Altamira. Essa não é a primeira vez que um caso parecido acontece na cidade. No começo do mês, Yuri Henrique foi agredido por um grupo de mototaxistas na Avenida Pedro Gomes, no centro. Os profissionais teriam feito um pedido pelo aplicativo forjando uma corrida.
“Citei o mototaxista que tirou a chave da minha moto e tentou pegar o meu celular, e pedi que o sindicato fosse intimado para que eles compareçam e esclareçam o que de fato está acontecendo porque o que nós queremos é pegar a nossa moto e sair pra rua, pegar o passageiro pelo aplicativo e pegar o passageiro e ganhar o nosso pão de cada dia. Não queremos confusão com ninguém.”, explicou o trabalhador.
Na época, o presidente dos mototaxistas informou que não aprovava as cenas de violência mas que o aplicativo não seria legalizado. Nessa nova confusão, o Sindicato dos Mototaxistas de Altamira disse que não estava sabendo da situação, mas que iria investigar o caso.