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Adolescente de 16 anos mata pai, mãe e irmã por ficar sem celular

Jovem alegou ter sido motivado por raiva após discussão com pais adotivos

Markelle Lereno
Por: Markelle Lereno
20/05/2024 às 18h21
Adolescente de 16 anos mata pai, mãe e irmã por ficar sem celular
Foto: Reprodução

Um adolescente de 16 anos foi apreendido na madrugada desta segunda-feira (20) após confessar à Polícia Militar que assassinou o pai, mãe e irmã na residência onde moravam na Vila Jaguara, Zona Oeste de São Paulo.

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Segundo o boletim de ocorrência, o jovem comunicou a Polícia Militar na noite de domingo (19) com a intenção de se entregar, admitindo ter matado os familiares com a arma de fogo do pai, integrante da Guarda Civil Municipal de Jundiaí (SP).

Os policiais se dirigiram à casa da família, onde encontraram o adolescente. Ele afirmou que cometeu os homicídios na última sexta-feira (17), motivado por raiva após seus pais terem confiscado o celular. Os corpos de Isac Tavares Santos, 57 anos, Solange Aparecida Gomes, 50 anos, e Letícia Gomes Santos, de 16 anos, foram encontrados com marcas de tiros e já em decomposição, conforme relatado pela polícia.

A pistola utilizada no crime foi localizada na mesa da sala, ainda municiada, e uma cápsula deflagrada foi encontrada próxima ao corpo da adolescente. A arma e a munição foram apreendidas. Na delegacia, o adolescente explicou que sempre teve conflitos com os pais adotivos.

Segundo ele, na quinta-feira (16), após ser chamado de "vagabundo" pelos pais e ter seu celular confiscado, ele planejou os assassinatos por não conseguir usar o aparelho para uma apresentação escolar. O jovem relatou saber onde o pai guardava a arma e a testou momentos antes do crime. Na sexta-feira (17), ele atirou no pai pelas costas enquanto ele estava na cozinha.

A irmã, ao ouvir o disparo, foi ao local e foi baleada no rosto. Após os homicídios, o adolescente foi à academia e, ao retornar, esperou pela mãe, que foi morta ao encontrar os corpos do marido e da filha. No dia seguinte, ele ainda colocou uma faca no corpo da mãe.

O caso foi registrado como ato infracional por homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e vilipêndio de cadáver.

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