Em um supermercado de Altamira, sudoeste do Pará, o arroz ainda não é limitado. Em alguns estados a opção foi para garantir que o produto não falte devido ao que aconteceu no Rio Grande do Sul, as lavouras impactadas pelas fortes chuvas são responsáveis por 70% da produção nacional.
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"Porque além da produção, tem o transporte também. Os caminhões que trazem pra cá são do Rio Grande do Sul, as estradas estão obstruídas. (...) Nós estamos buscando arroz de onde tem, fora do Rio Grande do Sul, e como todos sabem a grande maioria é de lá mesmo. Ainda não estamos racionando, mas se for preciso, nós iremos fazer.", afirma Bandi Maropo, gerente operacional.
O Ministério da Agricultura informou que cerca de 83% da área plantada de arroz já estava colhida. Mesmo assim, existe uma preocupação em relação à oferta e ao tempo em que o estado precisará pata voltar a ser uma importante potência no setor do agro. A catástrofe destruiu plantações, matou criações, deixou mais de 100 mortos e mais de um milhão de pessoas afetadas no sul do Brasil.
O Pará é um dos estados que compram o produto do Rio Grande do Sul. Por conta a cheia histórica que atinge as terras gaúchas, o governo brasileiro anunciou a compra de 1 milhão de toneladas de arroz de países do Mercosul para evitar o desabastecimento.
A questão é que se faltar produto, o preço sobe. O impacto refletirá no prato do brasileiro que consome 12 milhões de toneladas de arroz. Para se ter uma ideia o país produz 11 milhões, praticamente tudo o que planta fica para o consumo. Os principais países que fornecem o grão são Paraguai, Argentina e Uruguai. "Até plantar, ter uma nova colheita, tem um prazo, demora. O impacto é muito grande, maior que pensamos.", explica Bandi Maropo.