Aos milhares na natureza e responsáveis pela harmonização do ecossistema. Nos jardins floridos, na floresta ou em cidades arborizadas. Na mata atlântica, mais de 90% das espécies de árvores precisam das abelhas nativas sem ferrão para reprodução. Já que elas realizam a polinização levando o pólen de uma flor para outra, permitindo a fecundação e produção da semente.
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Curitiba, no Paraná, está entre as dez cidades mais verdes do mundo, lá existe um projeto de instalação de colmeias para reintrodução de abelhas na natureza. Do Norte ao Sul elas são essenciais para a polinização de frutíferas até da flora na Amazônia.
"Por elas serem pequenas conseguem ter voos grandes e polinizar árvores grandes.", conta o meliponicultor Antônio Pantoja.
No bioma amazônico são mais de 80 variedades de abelhas sem ferrão e no Brasil mais de 200. A menor delas também contribui com o processo de polinização da lavoura do cacau híbrido, segundo esse meliponicultor, profissional que trabalha com as abelhas nativas, diferente do apicultor que faz o manejo das espécies com ferrão.
"Então as abelhas por um feromônio, características que atraem as abelhas, elas vão lá e polinizam conseguem fazer essa polinização.", afirma Pantoja.
Na fazenda dele em Altamira, no sudoeste do Pará, são mais de 25 mil pés de cacau, a lavoura é livre de agrotóxicos, garantindo a permanência das abelhas. O mel produzido por essas abelhas tem menos teor de açúcar, com propriedades medicinais e raro, o litro pode custar R$ 800 reais. Cada abelha pode produzir o equivalente a uma colher de chá do líquido doce durante o ciclo de vida dela, que é curto, com aproximadamente 45 dias.
Antônio concilia a profissão de médico cardiologista e nutrólogo com a de produtor de cacau e meliponicultor. Da roça que é uma das referências da região, para a fábrica de chocolate. O negócio sustentável nasceu em plena pandemia do Novo Coronavírus. Da floresta até a barra, as produções ganharam uma versão mais saudável com o sabor intenso da amêndoa. Também tem o própolis, mostrando que as produções das abelhas e do cacau têm ganhado espaço até no mercado internacional.
Com venda na Europa e em diferentes regiões do Brasil, a fazenda é protagonista com a preservação das abelhas que colaboram até com Produto Interno Bruto (PIB). "80% das plantas que produzem alimento, tem relação com a polinização, e principalmente com as abelhas. Isso gerou para o Brasil mais de doze bilhões de dólares.", finaliza Antônio Pantoja.
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