Nos últimos dias, o som que vem das aldeias Xikrin ecoou mais alto no meio da mata, na Terra Indígena Trincheira Bacajá. Os homens e as mulheres que vivem nas aldeias, no território de Anapu, no sudoeste do Pará, mandaram um recado para o homem branco.
Durante três dias, a região do Xingu foi palco para um dos maiores eventos culturais do Norte do País. Mais de 300 indígenas de aldeias Xikrin apresentaram para o mundo a sua cultura.
Com danças, cantos, pinturas e outras expressões culturais, os povos Xinkrin e seus convidados, celebraram a vida, a história dos parentes, e deixaram registrado a riqueza de sua cultura, celebrando a fertilização da terra, o Kwyrykangô, que significa a “Festa da Mandioca”.
Patrocinado pela empresa Equatorial Pará, o evento aconteceu no município de Anapu, no Sudoeste do Pará. Fechado para o povo Xikrin e o Festival Berê Xikrin vai ser tornar um documentário e será exibido em escolas públicas de todo o Brasil, um desejo dos caciques, que buscam fortalecer a cultural regional, e perpetuar esses rituais.
"Para nós é um motivo de muito orgulho poder vincular a nossa imagem a um projeto cultural tão relevante para o nosso país, principalmente para a nossa região.", conta João Pedro, gerente de relacionamentos da Equatorial.
Patrocinado via Lei Rouanet, o festival é uma tradição Xikrin, que vem sendo realizado nas aldeias há muitos anos, mas com o incentivo financeiro, foi possível não apenas registrar esse momento histórico, como garantir que gerações futuras e a sociedade brasileira possam ter acesso a esses rituais que remontam da formação cultural do país.
"O material que será feito nesse projeto é muito importante, a documentação desse material indígena que registra e replica a cultura indígena local, para que as gerações futuras tenham acesso às tradições e à cultura dos seus antepassados.", pontua João Pedro.