A Polícia Civil, por meio da Força-Tarefa Amazônia Segura, efetuou a prisão de Franklin Wesley Lauriano da Costa, apontado como o principal responsável pela devastação na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. A ação é um desdobramento da Operação "Curupira", iniciativa do Governo do Estado para combater crimes ambientais.
O homem detido também é acusado de lavagem de gado e comercialização ilegal de madeira. Com ele, foram apreendidos celulares, uma arma de fogo e documentos que serão fundamentais para a continuidade da investigação.
A investigação iniciou a partir de intensas queimadas na APA Triunfo do Xingu entre os dias 13 e 16 de agosto de 2023. Os agentes da Operação Curupira, integrada por órgãos de segurança pública, foram recebidos a tiros por suspeitos envolvidos em desmatamento, desencadeando a necessidade de investigação.
Entre os anos de 2018 e 2022, o suspeito desmatou 2.541,49 hectares da floresta na APA Triunfo do Xingu, recebendo multas superiores a R$ 3.510.000,00 aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A área desmatada equivale a mais de dois mil campos de futebol. A conduta configura crime ambiental, com penas de 2 a 4 anos de reclusão.
O relatório da operação também evidenciou a inclusão ilegal de gado nas áreas desmatadas, configurando lavagem de gado. O investigado comercializou animais entre sua fazenda irregular e fazendas regulares, infringindo as relações de consumo e sujeito a penas de 2 a 5 anos de detenção ou multa.
Entre abril e setembro de 2023, Franklin Wesley desmatou e promoveu queimadas em mais de 3.514,67 hectares de floresta na APA Triunfo do Xingu, ampliando o dano ambiental. A conduta, tipificada como causadora de danos a Unidades de Conservação, prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão.
A Força-Tarefa Amazônia Segura, criada em agosto de 2023, visa investigar crimes ambientais complexos que afetam a Floresta Amazônica. A Operação "Curupira", prestes a completar 10 meses de atuação, tem como foco o combate a ilícitos ambientais, incluindo exploração ilegal de recursos naturais, degradações ambientais e incêndios florestais.
A ação atua de maneira integrada em três bases fixas, consolidando a presença do Estado em São Félix do Xingu, Uruará e Novo Progresso. Franklin Wesley Lauriano da Costa está sob custódia da unidade policial de São Félix do Xingu, aguardando os procedimentos legais perante o Poder Judiciário.