O relógio da câmera marca 15h10 da última quarta-feira (29), e a rua está pouco movimentada. O veículo estacionado na calçada pertence a um funcionário do comércio, que está do lado de dentro do estabelecimento, trabalhando, sem imaginar que seria vítima de um crime.
A vítima é casada, tem uma filha, e trabalha no comércio em Senador José Porfírio, sudoeste do Pará, para sustentar a família. A moto é o único meio de transporte que o trabalhador tem, e agora ele e a família não sabem o que fazer para recuperar o veículo.
Por telefone, a equipe de jornalismo da Vale do Xingu conversou com a mãe do rapaz. Muito nervosa, ela pediu para não ser identificada, mas lamenta que o filho esteja passando por essa situação.
"Essa moto é do meu filho que estava trabalhando, era no local de serviço dele. Ele deixa a moto na frente do comércio, e entra para trabalhar para dentro, quando ele entrou e foi trabalhar, e quando ele varou só o lugar da moto.", conta a testemunha.
Toda a ação criminosa foi registrada pelas câmeras do comércio. No vídeo é possível ver a dupla se aproximando tranquilamente pela calçada. De longe o homem identifica a moto e vão em direção ao veículo. Ao se aproximar do veículo, a mulher finge estar mancando. No momento da ação não há ninguém por perto, alguns veículos passam pela rua, mas a calçada está livre.
O homem sobe na moto e logo em seguida a mulher também senta na garupa, e após fazer uma ligação, os dois vão embora. Quem viu a cena ali na calçada nem desconfiou. Os dois se comportaram como se fossem os donos do veículo e saíram tranquilamente. Como o homem fez ligação direta, e saiu, não levantou suspeitas.
No vídeo é possível ver com clareza o casal. Sem esconder os rostos, os dois furtaram a moto e seguem desaparecidos. Até agora ninguém tem informações sobre a localização do veículo ou a identidade dos suspeitos. A vítima fez um boletim de ocorrência e aguarda o resultado das investigações.
"O meu filho depende dessa moto, é utilidade para ele trabalhar, ele é trabalhador e tem uma filha para sustentar.", finaliza a mãe da vítima.
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