Uma obra de construção de uma escola na área rural de Senador José Porfírio, sudoeste do Pará, está preocupando os moradores por conta da qualidade dos materiais. Orçada em R$ 1.267.352,64, a obra de construção da escola na Vila Mocotó, vem dando o que falar na região.
"Hoje é 28 de fevereiro, olha, do mesmo jeito o modelo, não sei onde é que arrumaram esse carpinteiro não pra fazer umas gambiarras dessas. Hoje, dia 28, uma terça-feira e não tem ninguém trabalhando. E continua as goteiras na sala de aula.", afirma o denunciante.
Conforme o Portal da Transparência, a licitação para a construção da escola padrão rural de 4 salas, na Vila Mocotó, foi publicada no dia 8 de setembro de 2022, e tem como prazo no cronograma de entrega da obra, 240 dias.
Mas segundo os moradores, o prazo não será cumprido, além das faltas constantes dos operários, que chegam a ficar dois ou mais dias sem atividades no prédio, a estrutura apresenta vários problemas com infiltrações nos telhados de todas as salas de aula. Outro problema identificado pela comunidade, está no tipo de material utilizado.
Ao pesquisar o Portal da Transparência, os moradores identificaram que o telhado da escola deveria ser de telhas de barro, mas o telhado instalado foi de telhas onduladas de fibrocimento. Nessas imagens é possível ver as telhas, que são bem diferentes da informada na licitação.
"Lá no documento diz que as telhas é pra ser de barro e tá sendo eternit, o pessoal vai trabalhar o dia que quer, a escola não tem uma estética de escola, uma estrutura tá tudo com emenda, goteiras, então assim, tá super irregular."
Após os questionamentos da comunidade, a prefeitura respondeu por meio de nota que a prefeitura acompanha a evolução da obra e afirma que tudo está seguindo conforme planejado. A estrutura que os moradores questionaram tratava-se de uma estrutura provisória montada para proteger a obra e os trabalhadores da chuva, visto que a estrutura metálica já estava em confecção para substituir a mesma.
Fotos da nova estrutura foram enviadas pela assessoria de comunicação. Segundo a nota, o vídeo foi gravado de forma arbitrária, durante o horário de almoço dos trabalhadores, período em que o engenheiro responsável pela obra não estava no local para dar a real versão dos fatos.
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