Após dois dias com o supermercado interditado por fraude nos prazos de validade de produtos, a empresária pagou multa e conseguiu a liberação para retomar as atividades, mas o inquérito que investiga os crimes contra a relação de consumo, injúria e assédio moral, além de corrupção de menores, continua.
O caso veio à tona após uma denúncia feita à vigilância sanitária, em Rurópolis, sudoeste do Pará. Clientes começaram a desconfiar da qualidade dos produtos, principalmente derivados do leite e notaram que havia algo de errado com os prazos de validade. Diante da situação, a Polícia Civil foi informada e o delegado instaurou um inquérito.
Para confirmar as denúncias, as equipes de fiscalização foram até o supermercado. Com apoio da Polícia Militar, os fiscais checaram vários produtos e concluíram que houve o crime contra o consumidor. Leite, carnes, embutidos, refrigerantes, a lista de produtos flagrados com a data de validade adulterada é grande, e mostra o tamanho da irregularidade flagrada pelas autoridades. Em alguns casos a fraude era tão grosseira que seria facilmente descoberta.
Durante a fiscalização, a polícia descobriu que a pessoa responsável pela adulteração era uma funcionária menor de 18 anos. A garota estaria sendo obrigada pela dona do supermercado a cometer o crime, e para isso, utilizava um produto químico corrosivo.
Localizado no centro da cidade, o supermercado ficou interditado por dois dias, mas voltou a funcionar. A Vigilância, com apoio da perícia policial, retirou todos os produtos com indícios de adulteração, e aplicou uma multa que já foi paga pela empresária. O valor não foi divulgado, mas conforme a legislação brasileira, pode chegar a R$ 300 mil reais. Após a conclusão do inquérito, a empresária ainda pode ser indiciada.