A Secretaria de Estado e Saúde Pública do Pará (Sespa), confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos em Santarém, oeste paraense, nesta quinta-feira (17).
Em Ananindeua, região metropolitana de Belém, um segundo caso também foi confirmado pela SESPA. Ao todo, o estado soma quatro casos confirmados de Monkeypox. Uma doença inicialmente descrita em 1958.
"A varíola símia é uma doença relativamente nova entre humanos. Ela é uma variação do vírus da varíola original, que durante o início da década de 80 assolou grande parte do mundo, tendo sido, inclusive, alvo de um combate muito sério pela OMS, e foi decretada como a primeira doença erradicada da face da terra. Quando foi feita a erradicação da varíola no início da década de 80, existiu uma vacina que foi distribuída para a população mundial. Com a erradicação da doença, doses dessa vacina foram guardadas no Centro de Controle de Doenças, em Atlanta, Estados Unidos, e nós imaginas que a OMS, nesse momento esteja avançando nas negociações com o governo americano para a reprodução da vacina e distribuição dela em larga escala para o mundo inteiro", explica Sérgio Beltrão de Andrade Lima, Presidente da Associação Brasileira de Epidemiologia de Campo.
No Brasil, o Ministério da Saúde por meio da Sala de Situação, instalada em 23 de maio, monitora as notificações de casos de Monkeypox no mundo e, no Brasil, além do monitoramento também é realizada a investigação dos casos.
Segundo a SESPA, os casos confirmados no Pará, são de pessoas que chegaram de outros estados, ou seja, ainda não há transmissão local. 12 casos foram descartados, e 11 seguem em investigação. 04 deles são em Santarém, 03 em Belém, 02 em Ananindeua, 01 em São Miguel do Guamá e 01 Parauapebas. Ainda segundo o Ministério da Saúde, apesar do nome, os macacos não são reservatórios do vírus da varíola.
"A doença se transmite basicamente por contato, isso pode ser diretamente com o paciente doente ou com superfícies contaminadas. Então o ideal é que a gente mantenha distancia das pessoas, o distanciamento social que começou pela pandemia de covid-19 e deve ser expandido durante algum tempo, em função da necessidade controle dessa varíola dos macacos"
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