A manifestação que iniciou na manhã desta segunda-feira (25), segue para o segundo dia consecutivo. Os agricultores usaram veículos para bloquear o acesso até a Gleba Assurini, a maior área rural da região do Xingu. As balsas e as voadeiras estão impedidas de transportar passageiros e veículos.
"Nós demos início a essa manifestação às onze da manhã com tempo indeterminado para acabar. Nós estamos aqui para buscar respostas, vindas diretamente do prefeito, e também do Ministério Público. Nós pedimos que eles nos atendam e nos ajudem nessa causa", explica o agricultor Cleonardo Silva.
Os agricultores cobram a recuperação de estradas e a implantação do Ensino Médio para quem mora no Travessão da Firma, Transunião e Acesso 01. No período do inverno, trechos escorregadios dificultam o acesso até a cidade ou a escola. E ainda segundo os manifestantes, máquinas não recuperam as estradas há pelo menos três anos. Além de produtores, caciques da etnia Juruna apoiam a manifestação que cobra uma resposta imediata da prefeitura de Senador José Porfírio, sudoeste do Pará.
"E a dificuldade terrível que nós temos nas estradas. Sou moradora do novo Transunião há mais de oito anos e a gente vem nesse sofrimento há muito tempo com a esperança de que o poder público da administração de Senador [José Porfírio] venha nos socorrer, para ver a questão das estradas. A gente tem esperado com muita paciência e ele [gestor] nunca faz nada para poder resolver essa situação. Cada ano que passa fica pior, tanto em relação as estradas, como a saúde, a educação", afirma Dulcilene Santana.
Por meio de nota, a prefeitura de Senador José Porfírio respondeu que repudia o bloqueio até a Gleba Assurini. E que não houve dialogo prévio ou tratativa iniciada pelos manifestantes. O documento cita que obras já foram iniciadas para atender moradores de outros travessões e que existe um cronograma para atender ainda a região do Novo Brasil, Transunião e acesso seis.
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