A Defensoria Pública da União (DPU) no município faz 50 atendimentos, em média, por dia. Há cerca de três anos a unidade foi instalada em Altamira, após uma luta dos movimentos sociais para que pudessem, junto ao órgão, recorrer para terem os direitos respeitados. A DPU tem o papel de resguardar o direito das pessoas de baixa renda no âmbito da justiça federal. “Foram os movimentos sociais que fizeram a DPU existir em Altamira serão os primeiros que a sentir a falta”, explica o defensor Fabio Sampaio.
A notícia pegou de surpresa Maria das Graças, que está entrando com um processo no órgão para tentar ser reconhecida como atingida pelos impactos da construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Ela faz parte das famílias que moram na área lagoa e que lutam para serem realocados e indenizados. “”Me preocupo porque se ela fechar como vamos resolver? Não temos como conseguir advogado particular”, conta a aposentada.
O defensor público federal Fabio Sampaio explica que 828 servidores que estão em atuação, deverão ser devolvidos no prazo estipulado e os atendimentos ficarão restritos a Belém, distante mil quilômetro de Altamira. “Com essa devolução a gente vau ter uma perda significativa. Nosso plano emergencial é fechar essas unidades do interior do Brasil para ter uma reorganização. Não vamos poder fazer atendimento presencial aqui, a não ser a realização algum itinerante, bem como as audiências judiciais também ficarão prejudicadas a princípio”, relata Sampaio.